Quantas pessoas já espiaram

segunda-feira, 12 de março de 2012

"A VÊIA MENINEIRA" (Mais uma de Maurício do Garapa)

          Estamos aqui novamente para relatar mais uma história do grande zabumbeiro, e ser humano ultra-autêntico, nada mais, nada menos que Maurício do Garapa.
          A história que será relatada neste post, aconteceu geralmente como acontecem todas as histórias no GENTE BOA, nas viagens. Geralmente quando viajamos, saimos de Camalaú com 5 integrantes do grupo: Eu (Bhira Mariano), Kiel do Acordeon, Bi, Valdo e Zeca. Ao chegar em Monteiro vamos para casa de Marconi Andrade, onde pegamos mais 3 integrantes: Marconi Andrade, Tales Andrade e Bosco Coxó. Por último pegamos Maurício do Garapa e Edilson di Mila na casa de Edilson.
          Na saída para mais uma viagem, havia um fato que era o mais comentado, que era a gravidez de Franciely, esposa do nosso guitarrista Tales Andrade. Tales ao entrar no carro foi cumprimentado por nós que vínhamos de Camalaú, ele meio sem jeito aceitou o nosso cumprimento, mas ainda demonstrava uma certa tensão, e não é pra menos, descobrir que vai ser pai é algo muito forte na vida de qualquer homem, mesmo daqueles que querem passar a impressão que são "durões", que não foi o caso de Tales Andrade. Mas a expressão tensa do nosso guitarrista não era apenas por isso, mas porque faltava ele ouvir os cumprimentos do fenomenal Maurício do Garapa, que com certeza seria algo com muito humor e com muita verdade. Maurício ao entrar no carro não fez nenhum comentário, pois não sabia do ocorrido, mais claro! alguém tratou logo de contar a Maurício a novidade. Maurício começou a rir e disse: "Êita! Tales agora tu vai saber o preço do leite ninho", e todo mundo riu, Tales deu aquela risada meio sem graça, e Maurício falou novamente: "Ôh Tales! acertasse na vêia menineira, num foi?" E alguns pergutaram: "Que danado é a vêia menineira?" e Maurício respondeu: "A vêia que faz menino". Pois bem, primeiro não sabia que existia esta palavra "MENINEIRA", segundo que tinha uma vêia que gerava menino, mas o que ficou realmente desta história toda, foi a grande contribuição de Maurício para a língua portuguesa, pois acabara de inventar uma palavra, e outra contribuição para a ciência, descobrindo uma vêia que sendo acertada gera menino, kkkkkkk. Este é Maurício do Garapa, brevemente mais histórias serão contadas.

sábado, 10 de março de 2012

VIAGEM AO PAJEU PERNAMBUCANO, TUPARETAMA!!!!!

         
           Hoje eu queria falar de algo que me deixou muito impressionado e ao mesmo tempo muito feliz, e olha que não sou de ficar impressionado por qualquer coisa, principalmente em se falando de algo no mundo da cultura artística.
          O Gente Boa foi convidado para participar de um evento intitulado “Balaio Cultural”, evento este que ocorre uma vez por mês na cidade de Tuparetama-PE., o evento é realizado por pessoas com um amor incondicional para com a cultura popular regional nordestina, e pasmem!, o evento não possui fins lucrativos, é amor mesmo. Só por este fato já valeu a pena ter ido participar deste evento.
          Chegamos na cidade mágica de Tuparetama às 21H, e fomos recepcionados, e diga-se de passagem, muito bem recepcionados, por um dos organizadores e também artista, Fernando, que canta na banda “Vozes do Campo”. Encontramos naquele ambiente mágico os amigos Bira Marcolino filho do saudoso Zé Marcolino, Zé de Cazuza “o homem gravador”, um dos grandes poetas de nosso tempo. Estava lá também Antenor Cazuza, que é filho de Zé e irmão de Miguel Marcondes e Luiz Homero, além de ser um grande poeta e intérprete da música regional nordestina. Encontramos também o grande acordeonista Luisinho que atualmente toca com Irah Caldeira, e o grande intérprete Churrasco, além disso, tinha "uma penca" de poetas repentistas, declamadores, grupos de dança, enfim, uma “ruma” de artistas, e na minha crítica opinião, Artistas com “A” maiúsculo. Até aí tudo bem, aquela região é o maior celeiro de poetas do mundo, e não é exagero, é fato comprovado.
          Mas até agora você leitor pode estar se perguntando: "e o que há de impressionante nisto?" É verdade, talvez tudo isto que eu falei você já tenha ouvido ou lido em algum jornal na parte que fala de cultura nordestina.
          Vivemos num mundo cada vez mais massificado, de pessoas que não tem opinião e nem gosto próprio, perderam, ou nunca tiveram, isto ocorre por vários motivos, que não vou discorrer sobre eles neste post, mas o fato é que a maioria das pessoas ouve e curte aquilo que lhes é imposto, e sem quase nenhuma resistência se deixam dominar. Pois bem, quando chegamos a Tuparetama, fomos informados que haveria antes de nós apresentações de poetas repentistas, declamadores e de um grupo de danças, até aí tudo normal. Mas quando me dei conta da programação, comecei a estranhar o público, que era formado em sua esmagadora maioria por jovens e sem ser pejorativo eram “boyzinhos e boyzinhas”, não era o público que eu imaginava para aquele tipo de evento, mas pensei: “acho que eles estão aqui porque não há nada ocorrendo na cidade”, engano total, recheado de certa dose de preconceito da minha parte. A rapaziada estava ali para ouvir poemas declamados, cantadores de repente, ver grupos de danças, e dançar ao som do forró de raiz, e é forró de raiz mesmo, pois lá não se usa bateria e nem guitarra, só zabumba, triangulo, sanfona e no máximo um contra baixo, e olha que tudo isto que mencionei é algo comum naquelas terras do Pajeú Pernambucano, alimentando ainda mais a minha crença, de eles valorizam e gostam sem fazer força da cultura nordestina de raiz.
          E foi anunciado por Fernando: “Vamos dar início ao 14º. Balaio Cultural da cidade de Tuparetama, com a apresentação de repentistas”. Os repentistas que se apresentaram eram muito bons, um era um senhor de idade, o outro um jovem, fato não tão incomum assim, o que foi incomum pelo menos para mim, foi à apresentação dos declamadores, além de ver a satisfação do povo em ouvir aquela nobre arte, vi declamadores jovens, e vi também uma declamadora, se é raro uma declamadora, mas raro ainda é uma declamadora jovem, e que por sinal era muito bonita. Mais uma vez agi com certo preconceito, quando Fernando anunciou o Grupo de Danças da cidade Iguarassi, pensei: “mais um grupo de danças folclóricas, com aquelas danças bonitas, mas repetidas”, “quebrei a cara” mais uma vez, o grupo ao mesmo tempo em que era tradicional era inovador, sobre este grupo falarei mais no post posterior.
          Enfim, fui a um lugar mágico, onde jovens assistem a espetáculos ARTÍSTICOS, onde jovens fazem espetáculos ARTISTICOS. Muito obrigado a rapaziada do Balaio Cultural por deixar nós do Gente Boa também participar desta mágica, muito obrigado Tuparetama por existir, aquela noite foi um bálsamo para a minha alma de artista.
          Segue algumas imagens do Balaio Cultural:




domingo, 4 de março de 2012

PARABÉNS JATAÚBA PELOS 50 ANOS DE EMANCIPAÇÃO

          Estivemos no dia primeiro de março na cidade de Jataúba-PE., onde fomos participar das comemorações do cinquentenário daquela localidade. Além do cinquentenário a comunidade jataubense também comemorava os 4 anos da rádio Jataúba fm. 
          É muito legal ser de outra cidade, e ser convidado para partipar das comemorações de uma outra localidade que não a nossa. Jataúba é uma cidade que o Gente Boa tem bastantes amigos, e são amigos mesmo, pessoas que curtem de verdade o som da banda, pessoas estas que possuem uma sintonia fina conosco.

          Os músicos que moram em Monteiro, sairam de lá por volta das 18:00H, passaram em Camalaú às 19:00H, de onde partimos para a realização de mais um show. A viagem como sempre foi muito prazerosa, e foi nesta viagem que saiu mais uma história do grande Maurício do Garapa, história esta já contada na post anterior. Chegamos em Jataúba já eram quase 21:00H, e nos encontramos com a turma da banda Forró do Vale da cidade de Sumé, rapaziada muito bacana, onde destaco, os músicos monteirenses Moisés Gugu (baixista) e Gilson di Milla (baterista), que inclusive é irmão do nosso baterista Edilson di Milla, e o proprietário da banda, o nosso amigo Ivandro.
          A festa dos 50 anos de emancipação política de Jataúba ocorreu nos dias 01 e 02 de março, e na noite do dia 01, houve apresentações de três bandas, nós fomos a segunda banda a se apresentar. O show foi legal, vibrante e emocionante. Queremos agradecer ao prefeito Sinaldo pelo convite, mas acima de tudo queremos agradecer ao povo de Jataúba pelo carinho que tem sempre com a banda. Parabéns Jataúba e tudo de bom para todas as famílias jataubenses.

sexta-feira, 2 de março de 2012

MARIA E O PACOTE DE MACARRÃO (Histórias de Maurício do Garapa)

          No dia 01 de março estivemos fazendo um show na cidade de Jataúba, foi muito legal como sempre é os shows naquelas terras pernambucanas, mas isto é assunto para o próximo post, pois neste quero contar mais uma história do grande zabumbeiro Maurício do Garapa, e esta está fresquinha, pois foi contada nesta última viagem.
          Maurício do Garapa sujeito da zona rural, mora com sua esposa Maria, e seus filhos Bruno e Guilherme, o seu ritmo de vida nada tem haver com o ritmo de vida da chamada "modernidade". Mauricio acorda de manhã cedo e vai tirar ração para os animais, enquanto que Maria prepara o café. Mas mesmo vivendo esta vida tipicamente rural, fica impossível de não se adotar alguns costumes da vida urbana, e um desses costumes que a vida urbana nos impõe, é o paradigma da beleza, ou seja, o sujeito para ser belo, ou a moça para ser bela, tem que ter o corpo malhado, fazer academia, e o que antes era a busca de uma vida saudável, hoje é a busca primeiramente de um corpo que se encaixe nos padrões da beleza impostos pelo mercado. E influenciado por esta "indústria da beleza", foi que Maria, esposa de Maurício, começou a achar que estava acima do peso, e decidiu começar a fazer caminhadas, para assim ter uma vida mais saudável, e perder alguns quilos. Maria começou a caminhar, e nada de perder peso, e Maurício perguntava: "Perdesse quantos quilos Maria?" e ela respondia: "Nenhum". E Maurício futebolista que é, ficava dizendo: "Como é que pode, Maria caminha, caminha, caminha, e nada de perder peso, eu jogo o meu futebol na quinta feira, e perco peso, como é que pode?". E Maurício notou que tinha alguma coisa errada. 
          Maurício não é um sujeito fastioso, e sua mulher e seus meninos também não são, e o problema de Maria caminhar e não perder peso era este. Antes de sair para caminhar, Maria já deixava a janta pronta de Mauricio e dos meninos, e aproveitava o embalo, pegava um pacote de macarrão, colocava molho de tomate e sardinha, e depois de pronto e antes de caminhar, Maria comia metade do pacote de macarrão, andava que só a mulesta, e quando chegava em casa comia a outra metade, e Maurício quando descobriu "a dieta" de Maria disse de forma delicada: "Desse jeito Maria, tu pode caminhar até a China que tu num perde peso"